Glossário

Com a finalidade de auxiliar ao pesquisador que “navegue” pelas páginas deste site, fazemos acompanhar deste pequeno Glossário de Termos encontrados na Arquitetura Brasileira.

Glossário:

  • ABÓBADA BARRETE DE CLÉRIGO: Abóbada composta por triângulos curvilíneos.
  • ABÓBADA DE ARESTA: Aquela que resulta da interseção de duas abóbadas de berço.
  • ABÓBADA DE BERÇO: Aquela gerada pelo deslocamento retilíneo de uma semicircunferência. Também se considera aquela cuja forma gerada seja um semi-cilindro.
  • ABÓBADA FACETADA ou PIRAMIDAL: Abóbada formada por planos triangulares.
  • ABÓBADA TRIPARTITE: Abóbada de aresta que envolve três abóbadas de berço.
  • ABÓBADA: Cobertura de seção curva em alvenaria de pedras ou de tijolos.
  • ABOBADILHA: Abobada pequena.
  • AÇOTEIA: Eirado ou terraço plano sobre uma abóbada.
  • ADOBE: Espécie de tijolo de barro seco ao sol, ao qual se acrescentavam fibras vegetais ou crinas e algum aglutinante, como sangue vacum ou óleo de baleia. Também denominado Adobo.
  • ADUELA (1): Peça em forma de cunha que compõe os arcos ou as abóbadas.
  • ADUELA (2): Denominação vulgar aplicada para designar o intradorso de uma portada, no sentido vertical que recebem as folhas das portas.
  • AFASTAMENTO: Distância ao plano vertical de referência.
  • AFRESCO: Tipo de pintura na qual a própria argamassa é pigmentada, para depois ser aplicada sobre a superfície. Contemporaneamente, por equivoco, costumou-se denominar qualquer pintura mural como “afresco”. 
  • ÁGUA: Denominação de um plano de telhado.
  • ALÇADO: O mesmo que Elevação.
  • ALCATRUZ: Tubo ou conduto de pedra assentado com cal e juntas betumadas.
  • ALICERCE: Conglomerado de alvenaria  que serve de base para as paredes de uma construção.
  • ALICERCE: Fundações ou bases de uma edificação.
  • ALIZAR: Peça de madeira que promove a vedação entre a a ombreira e o paramento de uma parede.
  • ALPENDRE: cobertura anexada à empena de uma edificação, para abrigo e proteção de uma fachada.
  • ALVENARIA: Pedras ou tijolos compostos de maneira a formar um muro ou uma parede. Podem ser rejuntadas com argamassa ou não.
  • AMEIA: Tipo de vão utilizado em parapeitos, utilizado nas fortificações e castelos, na parte superior de muros, para proteção dos arqueiros ou de atiradores.
  • ANDAIME: Estrutura auxiliar utilizada nas construções.
  • ÂNGULO AGUDO: Todo ângulo menor do que noventa graus.
  • ÂNGULO OBTUSO: Todo ângulo maior do que noventa graus.
  • ÂNGULO RETO: Todo ângulo igual a noventa graus.
  • APARELHAMENTO: Manufatura e fábrica de blocos de pedra utilizáveis em uma construção.
  • APICOADO: Desbastado de forma tosca, com o picão.
  • ARCO BOTANTE: Espécie de pilar exterior à arquitetura  destinado a estabilizar paredes evitando trações laterais.
  • ARCO BOTAREU: Espécie de pilar exterior à arquitetura  destinado a estabilizar paredes evitando trações laterais.
  • ARCO CRUZEIRO: Denominação do Arco que separa a nave do altar mor. Com enorme freqüência o arco do Cruzeiro recebe um crucifixo localizado no exterior da ermida.
  • ARCO DE PEDRAS SALIENTES: Tipo de arco arquitetônico escalonado, no qual cada pedra se projeta em relação àquela imediatamente inferior.
  • ARCO ESCONSO: O mesmo que Arco Aviajado.
  • ARCOS COMPOSTOS: Aqueles constituídos de vários segmentos circulares, cada qual com seu distinto centros.
  • ARCOS CONCENTRICOS: Arcos que possuem mesmo cento e raios diferentes. Nas arcadas e portadas, foram muito utilizados tanto no período Romanico, quanto no Gótico.
  • ARGAMASSA: Mistura utilizada na construção de arquiteturas, composta basicamente de cal.
  • ARRANQUE:  O mesmo que Saimel. Primeira pedra assentada sobre a imposta.
  • ARRIMO: Muro de maior espessura, destinado a contenção de encostas ou de aterros.
  • AVIAJADO: Denominação atribuída aos arcos esconsos.
  • AZIMBRE: Denominação simplória de cimbre ou cambota.
  • BACIA de PÚLPITO: Grande peanha ou mísula que suporta o tambor de um púlpito.
  • BALANÇO: Diz-se das partes que se encontram em projeção em uma arquitetura.
  • BALCÃO: Diz-se do vão rasgado por inteiro, com peitoril vazado, podendo ser sacado (externo) ou entalado (interno).
  • BALDRAME (1): Nome dado ao embasamento de ensilharia, alvenaria ou cantaria, destinado a nivelar um alinhamento para o assentamento de parede de pedra.
  • BALDRAME (2): Viga de madeira onde se apóiem paredes.
  • Beira-seveira: Tipo de beiral feito exclusivamente com telhas rejuntadas, cujas fileiras projetam-se em balanço no alto de uma parede.
  • BEIRAL: Parte em balanço de um telhado que se projeta além das paredes externas de uma edificação.
  • BISSETRIZ: Reta que divide o ângulo formado por duas retas concorrentes em dois outros de mesma amplitude.
  • BLOCO DE ESPERA: Assim se denominam os silhares destinados a aguardar o entreamento futuro, com novos blocos de pedra, em cantos ou em empenas.
  • BLOCOS DE ENSILHARIA: Blocos de pedra em uma parede portante.
  • BULBIFORME: Em forma de bulbo.
  • CACHORRO: Peça em balanço (geralmente de madeira), apoiada na parte superior de uma parede ou no frechal de um telhado, que sustenta o beiral.
  • CACHORRO AFERENTE: Cachorro que se apoia sobre uma Cimalha real.
  • CAMBOTA: Cimbre. Forma para confecção de um arco.
  • CAMPANÁRIO: torre na qual se localizam os sinos
  • CANGA: Minério de ferro bruto misturado em alvenarias.
  • CANJICADO: Tipo de parede executada com pedras irregulares.
  • CANTARIA: Obra de pedra aparelhada.
  • CANTEIRO: Denominação utilizada para designar o oficial que sabia entremear os blocos de pedra nos cantos, estabilizando-os e dando a cada bloco desenho particular, capaz melhorar o desempenho da prumada.
  • CANTO: O mesmo que cunhal. Esquina.
  • CAPEIA: Pedra grande destinada a revestimento da parte superior das paredes ou muros.
  • CAPIALÇADO: Chanfro de grandes proporções que relaciona as duas faces de abertura de um vão sendo uma maior e outra menor. Aplica-se geralmente em paredes e muros de grande espessura. A inclinação dos elementos capialçados é chamada vôo, voamento ou capialço.
  • CAPISTRANA: Faixa de lajes de pedra assentadas entre pisos de seixos rolados.
  • CAPITEL: Arremate superior das colunas, geralmente esculpidos nos padrões dórico, jônico ou coríntio.
  • CARGAS CONSTANTES: Cargas perenes que atuam na arquitetura.
  • CASAMATA: Fortificação abobadada para abrigo de pessoas e armamentos; posição de defesa.
  • CHANFRO: Recorde nas bordas de um elemento arquitetônico, destinado a se evitar arestas vivas ou ainda ângulos agudos.
  • CHARNEIRA: Reta em torno da qual, sob determinadas regras, se processa um rebatimento
  • CIMALHA FALSA: Espécie de moldura ou arremate superior nas paredes, que imitam as cimalhas reais.
  • CIMALHA REAL: Terminação em pedra, na extremidade superior de uma parede, destinada a aumentar a dimensão da própria parede com a finalidade de acomodar  o madeiramento de uma cobertura ou a uma abóbada. Conjunto de blocos de pedra, de dimensões maiores que aquelas das paredes, destinada a, com seção maior suportar as cargas advindas do sistema de cobertura.
  • CIMBRE: Molde para a feitura de arcadas.
  • CLAUSTRO: em um Convento ou Mosteiro, conjunto formado por galeria e pátio, geralmente localizado na área de reclusão.
  • COLAPSO ESTRUTURAL: Ruptura de um sistema anteriormente estabilizado.
  • COLUNA: Elemento estrutural vertical geralmente circular, que promove a sustentação.
  • COMUA: Antigo sistema de eliminação de dejetos, diretamente à fossa, ao mar ou ao exterior de uma fortificação.
  • CONCHÓIDE: Em forma de concha.
  • CONCORDÂNCIA: Passagem curvilínea e suave entre duas retas ou entre dois planos, sem que sejam geradas descontinuidades ou rupturas.
  • CONJUNTO PREPARADO: Sistema resultante de uma decupagem ou partição.
  • CONTRACHAVE: Denominação que designa as pedras vizinhas à pedra chave de um arco ou abóbada.
  • CONTRAFORTE: Espessamento nas paredes de pedra portantes, destinados a aumentar a estabilidade do conjunto.
  • CORDA: Qualquer segmento cujos extremos pertençam a um arco simples. No caso de arcos compostos, a corda deverá ter extremos simétricos em relação à flecha
  • CORNIJA: Ornato que assenta sobre o friso de uma obra (Aurélio). O mesmo que entablamento
  • CORO: Balcão destinado para as funções musicais, em uma ermida religiosa situado sobre o acesso principal.
  • COROAMENTO: Face superior de um muro.
  • COROAMENTO: Face superior de uma parede ou muro, geralmente plano, mas podendo apresentar-se inclinado.
  • CORUCHÉU: Elemento aparentemente ornamental, que tem por finalidade assentar pilares de pedra. Plasticamente os coruchéus tem a missão de diluir a forma verticóide, para que não ocorram rupturas drásticas na composição. Pináculo.
  • COTA: Distância ao Plano Horizontal de referência.
  • COTYGUAZÚ ou COTY GUAZÚ: Local missioneiro onde residiam viúvas, orfãos e idosos.
  • COUCEIRA: Parte do intradorso de um vão no qual se firmam as dobradiças.
  • CRIPTA: salão subterrâneo, sob o Altar-Mor de uma igreja, onde eram enterrados membros da ordem e nobres.
  • CÚPULA: Cobertura em forma esférica, hiperbolóide de revolução, parabolóide de revolução ou elipsóide.
  • CURVA CÔNICA: Qualquer das curvas geradas por cortes em cones retos de revolução, de diretriz circular: parábola, hipérbole ou elipse.
  • CURVA TRAÇO: Curva resultante da interseção de uma superfície com um dos planos de projeção.
  • CUTELO: Maneira de dispor os tijolos ou blocos de ensilharia sobretudo na feitura de pisos e paredes, assentando-o pela face intermediária. Nas abóbadas de tijolos esse tipo de assentamento o intradorso é gerado pela face intermediária de cada tijolo ou bloco.
  • DECUPAR: Particionar projetualmente uma parede para que possa ser edificada em blocos manufaturados de pedra, madeira ou tijolos.
  • DERRAMA: Plano inclinado na soleira de uma porta, com caimento para fora.
  • DESPEÇAR: Particionar projetualmente uma parede para que possa ser edificada em blocos manufaturados de pedra, madeira ou tijolos.
  • DILTEL: O mesmo que LINTEL ou VERGA. Trave horizontal superior dos vãos.
  • DINTEL ADUELADO: Espécie de dintel fracionado.
  • DIRETRIZ: Curva que dá a direção a uma superfície curvilínea.
  • DISTÂNCIA SEGURA: Em Estereotomia, a distância mínima de 5,0 a 8,0 cm.
  • DRAPEADO: Padrão obtido quando se intercala  pedras de mesma dimensões com a soga no paramento.
  • EIRADO: Tipo de terraço.
  • EIXO DE ROTAÇÃO: Reta, em torno da qual se processa uma rotação.
  • ELÁSTICO: Que deforma, contraindo ou dilatando.
  • ELEVAÇÃO: O mesmo que determinada projeção vertical
  • EMBASAMENTO: Parte inferior de uma construção, situada ao nível do chão ou semi enterrada, que forma base para as paredes de pedra, para colunas, pilares ou cunhais.
  • EMPENA: Canto formado por duas parede ou paramentos.
  • ENCABEÇAMENTO: Face exterior de um arco. Acabamento vertical.
  • ENGENDRAMENTO: O mesmo que enlace.
  • ENGRA: Canto ou quina formado por duas paredes concorrentes, geralmente com reentrância.
  • ENLACE: União de duas paredes que concordam sem ruptura ou descontinuidade.
  • ENSILHARIA: Diz-se do sistema resultante da edificação através de blocos de pedra, nas quais ao menos a face aparente é aparelhada.
  • ÉPURA: Resultado da operação fundamental da Geometria Descritiva, na qual se obtém as projeções ortogonais fundamentais de um objeto. Projeções do Objeto ou projeto.
  • ERMIDA: Edificação religiosa e histórica, geralmente em local ermo.
  • ESCODADO: Lavrado com escoda, tipo de matelo dentado usado pelos canteiros para nivelar as pedras.
  • ESCOPRO: Instrumento de ferro ou aço, para lavrar a pedra.
  • ESCULTURA: A arte e a técnica de plasmar a matéria entalhando a madeira, modelando o barro, cinzelando a pedra ou o mármore, fundindo o metal, etc., a fim de representar em relevo, ou em três dimensões, estátuas, figuras, formas abstratas (Aurélio).
  • ESPERA: Espaço ou saliência destinado a receber acréscimo. Geralmente uma “espera”  aguarda a futura continuidade da construção.
  • ESPIGÃO: Em arquitetura a parte convexa entre dois planos que se seccionam.
  • ESQUADRIADO: Delimitado com auxílio de esquadros. O mesmo que esquadrijado.
  • ESQUADRIAS: Fechamentos de um vão, no período colonial executados em madeira.
  • ESTEIO: Peça vertical de madeira pedra ou até de ferro, usada para suster parte de uma parede, teto ou dintel.
  • ESTÍPITE: Tipo de coluna cuja base inferior seja menor do que a base superior.
  • ESTRIBO: Espécie de suporte horizontal em projeção em relação à arquitetura.
  • EXTRADORSO: Face externa de um vão.
  • FÁBRICA: Em escritos do período colonial, alusão a construção em alvenaria.
  • FACHADA: Qualquer das faces dum edifício, de modo geral a da frente.
  • FECHAMENTO ENTALADO: Tipo de fechamento que se instala no intradorso de um vão.
  • FECHAMENTO SACADO: Tipo de esquadria que se instala sobre o vão, externamente.
  • FILEIRAS: Camadas horizontais, connstituídas de blocos de pedras.
  • FISSURA: Espécie de ruptura parcial geralmente causada por fadiga do material.
  • FLECHA: Distância do ponto médio “M” da corda de um arco até o ponto de interseção da perpendicular que passa por “M”, com o arco relativo à corda.
  • FRACIONAR: O mesmo que decupar.
  • FRATURA: Espécie de ruptura total geralmente causada por fadiga do material.
  • FRONTAL: Denominação aplicada a uma posição particular de uma reta, semi reta, segmento ou plano no espaço tridimensional.
  • FRONTISPÍCIO: Fachada principal, geralmente aplicado a prédios históricos; espelho.
  • GALILÉ: Área coberta que antecede a entrada da nave em edificações de Arquitetura Religiosa, delimitada do frontispício. O mesmo que nártex..
  • GATO: Peça de ferro, destinado a grampear dois blocos de pedra, quando necessário.
  • GEOMETRIA DESCRITIVA: Metodologia de Representação aplicável como linguagem universal para a Arquitetura e as Engenharias.
  • GERATRIZ: Reta que se apóia em uma curva diretriz, formando determinada superfície.
  • GOLA: Arremete horizontal geralmente no nível de um piso interior, em muros de pedra. As golas prenunciam o coroamento
  • GRAFISMO: Maneira de traçar linhas e desenhar.
  • GUARNIÇÂO: Peças do enquadramento de um vão.
  • GUINETE: Fileira de pedras assentadas a pique, utilizadas para o travamento ou arrimo de outras pedras e para servir de guia ao escoamento das águas.
  • HORIZONTAL: Denominação aplicada a uma posição particular de uma reta, semi reta, segmento ou plano no espaço tridimensional.
  • IMPOSTA: Denominação da pedra de base de um arco. Elemento saliente ao alto do pé direito de uma parede em que se assenta a pedra de arranque do arco. O mesmo que console ou consolo.
  • INFLEXÃO: Denominação aplicada ao enlace de curvas com contracurvas, características do período denominado Barroco.
  • INTRADORSO: Face interna de um vão.
  • JUNTA DE PICÃO MIÚDO: Rejuntamento de qualquer cantaria, feito com Picão Miúdo, uma espécie de picareta ou martelo apontado e curvo.
  • JUNTA SECA: Junta que não recebe qualquer argamassa.
  • JUNTA: Emenda de argamassa entre dois blocos de pedras estereotomicas.
  • JUNTAS VERTICAIS: Elemento de grafismo importante, resultante do assentamento de pedras, umas sobre as outras.
  • JUNTOURO: Peça de pedra assentada à tição, que atravessa completamente a parede de pedra, e que no outro lado serve de espera e amarração de outra parede.
  • LAJEADO: Pavimentação de pedra.
  • LANCIL: Peça prismática de pedra, longa e de seção quadrada, utilizada para vergas, e ombreiras.
  • LAVRA: Espécie de manipulação com pedra. O mesmo que aparelhamento.
  • LEITO DE PEDRA: Face superior de um bloco de pedra.
  • LINTEL: O mesmo que dintel. Verga.
  • LIÓZ (1): Pedra calcária, clara e rija, empregada na cantaria de edifícios.
  • LIÓZ (2): Pedra lavrada ou esculpida voltada para o exterior de uma arquitetura. O contrário de Tardóz.
  • LUNETA: O mesmo que óculo, porém quando aplicado em uma Abóbada.
  • LUZ: É o diâmetro, no caso do arco pleno. Em outros arcos, é a distância entre as duas ombreiras das portas.
  • MACIÇADA: Alvenaria de pedra muito consistente.
  • MADRE: Viga horizontal de madeira para assentamento dos barrotes, geralmente servindo de apoio ou guia para os pisos.
  • MAINEL: Tipo de ombreira que sustenta dois arcos geminados.
  • MÃO FRANCESA: Peça de apoio destinada a diminuir um vão. O mesmo que mísula ou estribo.
  • MASSAME: Argamassa simples, composta de cascalho, terra e cal.
  • MATACÃO: Pedra de grande vulto, de grandes dimensões, geralmente sem ser lavrada.
  • MEDIATRIZ: Reta perpendicular a um segmento que determina o ponto médio deste segmento, ou seja, dividindo-o em dois segmentos de mesma medida.
  • MESTRE CANTEIRO: Oficial  habituado e competente para orientar a lavra das pedras de canto, bem como o canto destas próprias pedras.
  • MÉTODOS DESCRITIVOS: Conjunto de operações gráficas e de raciocínio, aplicáveis em situações adversas da representação de arquiteturas. Constituem-se em três métodos: das Mudanças de Planos de Projeção, das Rotações e dos Rebatimentos.
  • MÍSULA: Bloco de pedra horizontal destinado a sustentar como mão francesa algum elemento da arquitetura. Geralmente tem a parte inferior estreita e a parte superior saliente. O mesmo
  • MODENATURA: Qualidades plásticas de uma arquitetura, que tem por finalidade acentuar determinada intenção do arquiteto. Também se aplica por extensão ao conjunto de molduras de uma edificação, segundo o caráter de uma determinada ordenação.
  • MONOLÍTICO: Diz-se de elementos maciços de pedra, como paredes integrais.
  • MUDANÇAS DE PLANOS DE PROJEÇÃO: Método Descritivo que tem por finalidade a adoção de um novo plano de projeção, em situação favorável para que se obtenha uma projeção em verdadeira grandeza do objeto.
  • NÁRTEX: Vestíbulo transversal que precede a nave de uma igreja. O mesmo que Galilé.
  • NAVE PRINCIPAL: Corredor que dirige ao Altar-Mor, nas edificações religiosas.
  • NEOCLÁSSICO: Romantismo de inspiração ornamental classicizante, em arquitetura.
  • NEOGÓTICO: Romantismo de inspiração ornamental goticizante, em arquitetura.
  • NÍVEL: Conjunto de pontos que possuam mesma Cota.
  • NÍVEL DE IMPOSTA: É a distância do chão até a face superior da pedra imposta.
  • ÓCULO: Vão circular, elíptico, floral, destinado a passagem de ar e luz.
  • OGIVA LANCEOLADA: Espécie de traçado aplicado a arcos característicos da fase exuberante denominada “Gótico Flamejante”.
  • OMBREIRA: Umbral lateral e vertical dos vãos.
  • ORNAMENTAÇÃO: Floreado, guirlanda, rocaille ornato destinado a enfeitar a arquitetura.
  • PADIEIRA: O mesmo que dintel ou verga.
  • PARALELEPÍPEDO CAPAZ: Volume prismático que circunscreve a um volume.
  • PARAMENTO CILINDRICO: Face cilíndrica em uma parede ou muro.
  • PARAMENTO CÔNICO: Face cônica em uma parede ou muro.
  • PARAMENTO: cada uma das faces, interna ou externa de uma parede ou de um muro.
  • PARAPEITO ENTALADO: Guarda corpo situado no intradorso de um vão.
  • PARAPEITO SACADO: Guarda-corpo instalado no exterior ao vão.
  • PARAPEITO: Peitoril, uma superfície horizontal para apoio na parte inferrior de uma janela. Pano de peito.
  • PAREDE ESTRUTURAL: Parede desprovida de elementos de sustentação, auto portante.
  • PAREDE MESTRA: Parede de pedra que apóia outras paredes de menor espessura.
  • PAREDE: Elemento de vedação que promove fechamentos externos e separações internas.
  • PARTICIONAR: O mesmo que decupar.
  • PARTIDO de uma arquitetura: maneira pela qual se elaborou a arquitetura a partir das imposições do programa. Organização geral de uma edificação, forma de distribuição e de articulação dos espaços.
  • PAU A PIQUE: Tipo de vedação obtido pelo revestimento de grades executadas com varas de madeira, por argamassa de barro. Também conhecida como Taipa de Sebe ou Taipa de Sopapo.
  • PEANHA: Tipo de mísula ornamentada para suporte presa à parede, estreita na parte inferior e largo na superior, que geralmente sustenta uma estátua etc.
  • PEDESTAL: Base de pedra destinada a suster uma coluna, escultura sacra ou peça ornamental.
  • PEDRA CHAVE: Bloco que fecha o sistema de arcos, abóbadas ou cúpulas, estabilizando o sistema. É a pedra de fechamento, ao alto do arco, abóbada ou cúpula. É a aduela central, no alto do arco, que confere apoio às suas laterais compostas de aduelas. Não raro, é maior que as demais pedras, podendo inclusive ser decorada. A sustentação decorre do fabrico das faces laterais em ângulos agudos, o que distribui tensões, mantendo o conjunto em equilíbrio.
  • PEDRA PORTANTE: Sistema construtivo que utiliza pedras e alguma argamassa.
  • PEDRA SALMER: Também conhecida como Saimel. Pedra responsável por dissipara as pressões laterais em um dintel aduelado, apoiando-se diretamente sobre a ombreira lateral.
  • PEDRA SECA: Pedras assentadas sem argamassa.
  • PEDRA SECA: Sistema construtivo que utiliza somente o empilhamento das pedras, sem rejuntamento.
  • PEDRAL: Cortina de alvenaria de pedra utilizada para a correção de nível em arrimo ou em patamar.
  • PEDRAS DA LOMBADA: Conjunto de pedras dispostas entre as pedras de arranque ou Saimeis e as pedras de contra chave.
  • PEGÃO: Espécie de grande pilar para reforço de muro, parede, arco ou abóbada.
  • PENDENTE: tipo de arremate para cúpulas, em superfície igual a triângulos esféricos. Em geral são utilizados quatro pendentes (ou pingentes) para dar sustentação a uma Cúpula.
  • PENDURAL: Tipo de suporte do madeiramento de um telhado.
  • PERFIL: Denominação aplicada a uma posição particular de uma reta, semi reta, segmento ou plano no espaço tridimensional.
  • PERPIANHO: Bloco de pedra na espessura da parede.
  • PERSPECTIVA: Sistema de projeção que possibilita idéia de volumetrias arquitetônicas.
  • PETIPÉ: Escala gráfica aposta em documentos da arquitetura patrimonial.
  • PICÃO: Instrumento de lavra.
  • PILAR: Elemento estrutural vertical, geralmente retangular que promove a sustentação, trabalhando à compressão.
  • PINÁCULO: O mesmo que Corucheu. Ornato verticóide de pedra.
  • PLANO PROJETANTE: Plano utilizado para projeções ortogonais.
  • PLANTA BAIXA: Representação gráfica da projeção horizontal de um corte feito horizontalmente. Na América espanhola, refere-se ao pavimento térreo de uma edificação, tão somente.
  • POLIORCÉTICA: Ciência que estuda a arquitetura militar, para defesa e ataque.
  • PONTALETE: Trave de madeira utilizada na sustentação de cimbres ou de telhados.
  • PÓRTICO: Denominação alusiva à monumentalidade escultural em vãos de acesso.
  • PRISMA: Solido geométrico cujas arestas laterais são paralelas entre si.
  • PROGRAMA de uma arquitetura: Imposições dos meios físico e social que determinam a arquitetura.
  • PROJEÇÃO HORIZONTAL: Toda projeção de um objeto, que ocorra no Plano Horizontal de Projeções.
  • PROJEÇÃO LATERAL: Toda projeção de um objeto, que ocorra no Plano Lateral de Projeções.
  • PROJEÇÃO VERTICAL: Toda projeção de um objeto, que ocorra no Plano vertical de Projeções.
  • PRUMADA: Coluna vertical de elementos similares.
  • PUZZOLANA: Espécie de argamassa hidráulica.
  • QUARTELA: Peça que sustenta outra, qual mão francesa.
  • QUARTELÃO: Espécie de mísula, na qual se apóiam colunas ou ornamentações.
  • REBATIMENTOS: Método descritivo no qual um plano qualquer do espaço é levado, sob determinadas regras para um plano dos planos de projeções, girando no espaço em torno de uma reta, a charneira.
  • RETÁBULO: Estrutura ornamental em pedra ou talha de madeira, que se eleva atrás dos altares.
  • RETAS HORIZONTAIS: Quaisquer segmentos de reta que mantenham o mesmo nível ou cota, invariávelmente. Além das propriamente ditas, assim se especificam também as retas de topo e as fronto-horizontais.
  • RINCÃO: Em arquitetura, a parte côncava entre dois planos que se seccionam.
  • ROTAÇÃO: Método descritivo no qual um objeto qualquer do espaço é girado, sob determinadas regras para uma posição favorável em torno de um eixo.
  • ROTUNDA: Qualquer edifício em forma de circulo ou elipse, coberto por cúpula.
  • SANCA: Termo utilizado para designar a parte interna das cimalhas reais.
  • SETEIRA: Vão ou abertura vertical, de dimensões reduzidas, destinado a aeração ou proteção militar.
  • SILHAR: Bloco de pedra.
  • SISTEMA DE PROJEÇÃO CÔNICO: Sistema no qual a projeção é obtida através de retas que necessariamente passam por um ponto do espaço.
  • SISTEMA DE PROJEÇÃO, CILINDRICO: Sistema no qual as projeções são obtidas por retas paralelas.
  • SOBRECARGAS: Cargas que atuam na arquitetura, além das cargas constantes.
  • SOBRELEITO: Face inferior de um bloco de pedra que se assenta sobre o leito de outra.
  •  SOBREVERGA: Trabalho ornamental sobre as vergas de uma janela ou porta. Além do esfeito estético, as sobrevergas tinham por missão desviar a água que escorresse pela empena da parede para a lateral do vão, desviando-a do vão.
  • SOGA: Bloco de pedra assentado com a face maior na empena da parede.
  • SUPERFÍCIE CILÍNDRICA CIRCULAR: Diz-se da superfície descrita por uma reta-geratriz que se apóie em uma diretriz circular.
  • SUPERFÍCIE CÔNICA CIRCULAR: Diz-se da superfície gerada pela trajetória de uma reta que se apóie em uma diretriz circular.
  • SUTA: Instrumento de demarcação de terrenos e dos cantos de uma elvenaria.
  • TALHA: Trabalho ornamental em relevo, geralmente esculpido em madeira.
  • TALUDE: Paramento inclinado.
  • TAMBO: Local missioneiro que servia de celeiro, estrebaria ou até para pouso.
  • TAMBOR: Guarda-corpo em um púlpito.
  • TARDÓZ: Faces toscas do bloco de pedra, passíveis da composição interna de uma parede, geralmente niveladas com pedras pequenas.
  • TELHEIRO: Tipo de água de telhado.
  • TENALHA: Área trapezoidal, parte da Poliorcética, especifica para defesas de fortes.
  • TESTADA (1): Face exterior de um arco.
  • TESTADA (2): Dimensão ou a própria de frente de um terreno.
  • TIÇÃO CHAVE: Bloco assentado perpendicularmente às empena da parede, com as faces menores, uma em cada paramento.
  • TIÇÃO: Bloco de pedra assentado com a face menor na empena da parede.
  • TIJOLO: Peça de barro cozido, geralmente em forma de paralelepípedo.
  • TÔPO: Denominação aplicada a uma posição particular de uma reta, semi reta, segmento ou plano no espaço tridimensional.
  • TORÊUTICA: Arte de esculpir em madeira, metal ou marfim.
  • TORRE: Parte saliente de uma arquitetura, cujo sentido é predominantemente vertical. Nas ermidas religiosas, são sinônimos de campanário.
  • TORREÃO: Espécie de torre centralizada.
  • TRAÇA: O mesmo que risca, risco, desenho de uma obra de arquitetura.
  • TRAÇO HORIZONTAL: Reta resultante da interseção de um plano qualquer, com o plano horizontal de projeções ou de referência.
  • TRAÇO VERTICAL: Reta resultante da interseção de um plano qualquer, com o plano vertical de projeções ou de referência.
  • TROMPA: Sustentação particular em superfície esférica para cúpulas.
  • UMBRAL: Peça lateral e vertical de sustentação nos vãos.
  • VÃO BREVILÍNEO: Diz-se do vão que apresente corda maior que a flecha.
  • VÃO CAMPANÁRIO: O mesmo que torre sineira.
  • VÃO LONGILÍNEO: Diz-se do vão apresente corda menor que a flecha.
  • VÃO: Vazio, abertura em parede. Subdividem-se em portas, janelas, óculo, e seteira.
  • VERDADEIRA GRANDEZA: Diz-se da projeção de um objeto que se apresente com as dimensões do próprio objeto. O fenômeno ocorre, sempre que o objeto estiver paralelo a um dos planos de projeção.
  • VERGA: Fechamento superior dos vãos.
  • VERTICAL: Denominação aplicada a uma posição particular de uma reta, semi reta, segmento ou plano no espaço tridimensional.
  • ZARPA: Saliência no embasamento das paredes de pedra ou dos muros, destinada a fazer a passagem do paramento para a parte enterrada. Também utilizado para arremates horizontais.
  • ZIMBÓRIO: Parte superior, geralmente convexa que arremata o extradorso das cúpulas.